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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Carta aberta à Cultura e INEPAC, em resposta à carta da Sra. Adriana Rattes, por Lúcia Pangaio e Carmen Salvador


Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2011.


Á
Exma. Sra. Adriana Rattes, Secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro
Exma. Sra. Olga Campista, Diretora do INEPAC
Exmo. Sr. Dr. Luiz Zugliani, Subsecretário Executivo do Estado do Rio de Janeiro

Prezados,

            Foi com muita satisfação que recebemos sua carta. Como foi bom ver que de alguma forma, V. Sa. está se manifestando aqueles que lhe estão enviando cartas e mensagens. Só por isso já vai nosso agradecimento.
            Suas declarações são, praticamente, idênticas as que vêem circulando em outras mídias e que não mudam o tom, uma vírgula não há um desvio sequer em suas palavras. Surpresos? Não! O discurso deve ser o mesmo, pois não se pode desviar o foco! E o foco somos nós, ocupantes do Capão do Bispo! Pessoas pensantes. Por quê? Não fizemos nada de errado, fomos procurar a Secretaria de Cultura antes mesmo de V. Sa. fazer parte dela... Todos sempre deixaram tudo como estava, era mais fácil assim. Se por um lado não dávamos lucros, tampouco causávamos prejuízos. Mas não vou me deter em detalhes menores, mas sim, na grandeza do que está diante de nós.
            Será que V. Sas. já pararam para pensar no que realmente significa um Centro de Formação de Arqueólogos num momento em que pululam obras de arqueologia de contrato no Estado do Rio de Janeiro? Será que V. Sas. já pensaram no outdoor permanente que seria uma reforma já há muito requisitada por nós e pela comunidade? O quanto que isso reverteria em publicidade positiva para este Governo, assim como aconteceu com as UPPs? Já pensaram que o Capão está entre dois Shoppings enormes na Zona Norte – Norte Shopping e Nova América – e que ali há duas unidades da Universidade Estácio de Sá – em ambos os Shoppings e que há os cursos de Ciências Biológicas e História, respectivamente e que nessas duas unidades poderiam ser realizadas parcerias com o Governo, ambas próximas ao Morro do Alemão, conquistado em novembro pp com toda a mídia voltada para ali com o sucesso que foi aquela intervenção? Duas unidades de universidade ao lado do Capão com cursos de licenciatura e bacharelado, são um chamariz para estágios e convênios, não?
            Será que V. Sas. já se deram conta de que um centro profissionalizante em nível de graduação que sempre formou arqueólogos competentes, que estão espalhados pelo Brasil e até no exterior seria um ótimo chamariz para mais investimentos ali naquela região?
Será que V. Sas. conseguem vislumbrar que Instituições como o Museu Nacional e o MAST, ambos em São Cristóvão e nós ali no Capão podemos formar um verdadeiro Pólo Educacional e de Formação de Pesquisadores?
Percebam só senhores: em três parágrafos quanta grandeza e visualização positiva para um Governo que tem tudo para ser muito melhor para toda a população. Ah, e por falar nela, a população, digo-lhe que as associações de moradores estão do nosso lado.
Os cientistas e pesquisadores estão do nosso lado, pessoas comuns estão aderindo à petição pública que ora está na internet. Vizinhos nossos comentaram no abaixo assinado que estão ao nosso lado. Não é isso que todos os Governos gostariam de ter: a população ao seu lado? É isso que está acontecendo agora: a reforma é bem vinda e a população está do nosso lado e do lado do Governo.
Senhores, se juntarmos nossas forças, seremos imbatíveis! Pensem nisso e revejam suas decisões. Errar é humano, perdoar é divino e voltar atrás numa posição mal refletida é genial!
Atenciosamente,
Lúcia Pangaio e Carmen Salvador
Pesquisadoras do IAB

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