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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carta aberta à Cultura e INEPAC, em resposta à carta da Sra. Adriana Rattes, por Munique Cavalcante, IAB.


Ilmos. Srs. da Cultura.

Caros Representantes,
Fico muito triste em constatar que não procurou-se apurar os fatos, antes insistindo em argumentos equivocados.
Não quero acreditar que seja de má fé, pois quero acreditar que temos os mesmos interesses.
Não é verdade que só há um instrumento quanto ao acordo de ocuparmos o Capão do Bispo, pois há vários protocolos de renovação do dito acordo, o que o próprio Estado achou desnecessário.
Também não é verdade que o IAB nunca deu nenhuma contrapartida ao Estado. Fora as exposições (que não foi só uma) que já estiveram na casa, sempre recebeu-se o público com o cuidado e informação devidos, tanto em relação à Arqueologia quanto em relação à própria casa, este público da comunidade do entorno inclusive, bem como as escolas estaduais, por exemplo.
Também não é verdade que não cuidamos da manutenção do imóvel. Se não fosse pelo IAB, o dito imóvel tombado teria "tombado" de fato. Se não foi feito mais, foi por falta de verba, pois sabe-se que o custo de restauração de um imóvel tombado é bem elevado.
Fico feliz que tenham finalmente conseguido a verba necessária para a restauração da casa. Somos completamente a favor disso. Mas não entendo por que não podemos participar da instalação do citado centro cultural para a comunidade, afinal já somos esse centro cultural. Concordo que precisamos de maior divulgação desses trabalhos, o que o Estado poderia ajudar e muito. Mesmo sem a devida divulgação, a arqueologia já chama muito a atenção do público em geral. Por que não nos deixam nem apresentar um projeto?
É verdade que o IAB possui casa em Belford Roxo. Porém, os pesquisadores que trabalham na casa do Capão do Bispo não podem se deslocar para Belford Roxo com a freqüência necessária ao andamento das pesquisas arqueológicas.
Quanto ao uso do terreno da casa, espero que também saibam que, por se tratar de imóvel tombado, é restrito.
Também o fato de o processo de desocupação da casa se arrastar por anos é um disparate total, pois só tomamos conhecimento do fato em abril, e de forma bem arbitrária, diga-se de passagem.
Não está havendo diálogo entre nós, pois, INFELIZMENTE, esta secretaria só se pronuncia sem nos escutar, o que é uma pena.
Vejo que os nossos representantes não estão muito interessados em nos representar...
Munique Cavalcante

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