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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MOÇÃO DE APOIO AOS PESQUISADORES DO IAB / CEA


 Os arqueólogos presentes no XVI Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), realizado em Florianópolis, Santa Catarina, entre os dias 04 e 10 de setembro de 2011, manifestam seu apoio à permanência do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) / Centro de Estudos Arqueológicos (CEA) e seus pesquisadores na Casa do Capão do Bispo.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro solicitou que o IAB / CEA desocupe a Casa de Fazenda do Capão do Bispo, imóvel tombado pelo IPHAN que ocupa há 37 anos ininterruptamente. Durante todos estes anos o IAB / CEA zelou pela Casa, inclusive realizando intervenções necessárias para sua manutenção.

O IAB / CEA transformou a Casa do Capão do Bispo em um centro de formação de pesquisadores e referência científica para a Arqueologia Brasileira, onde atuam, presentemente, cerca de 20 pessoas, entre coordenadores, pesquisadores, técnicos e funcionários, já tendo sido formados ali dezenas de outros pesquisadores, atuantes em diversos estados do país.

A Casa do Capão do Bispo possui a guarda do material de pesquisas próprias e de terceiros (cerâmica, lítico, ósseo, malacológico, louça, arte rupestre, etc.), segundo as normas vigentes do IPHAN, totalizando 185.560 peças, além de toda documentação associada às mesmas.

Assim sendo:

- considerando não haver qualquer justificativa para o fechamento de um centro de pesquisas e formação de pesquisadores desta importância e magnitude, sendo incalculáveis os prejuízos para a Arqueologia Brasileira, caso isso venha a se concretizar;
- considerando ser indefinido o destino que será dado ao patrimônio histórico que constitui o imóvel, caso os pesquisadores venham a ser retirados do local;
- considerando que o objetivo de todas as partes envolvidas (IPHAN, Governo do Estado, IAB / CEA, comunidade em geral) convergem para a preservação do Capão do Bispo,

Manifestamos o apoio da Sociedade de Arqueologia Brasileira para a permanência do IAB / CEA na Casa do Capão, permitindo a continuidade das pesquisas que ali vêm sendo desenvolvidas há quase quatro décadas.

A cultura, a ciência e a arqueologia brasileira muito agradecerão se voltarem atrás em sua decisão.

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